RETORNO PARA NAZARÉ


Jesus e sua família teriam permanecido no Egito até a morte de Herodes, quando então José, após ser avisado por um anjo em seus sonhos, retorna para a cidade de Nazaré.

Pouco sabem os historiadores sobre a infância de Jesus. Conforme o Evangelho de Mateus, Jesus teria passado o começo de sua infância no Egito até a morte do rei Herodes que queria matá-lo. No entanto, o relato de Mateus não informa quando a família de Jesus teria deixado Belém e ido para o Egito e nem o momento em que retornaram.

O fato de Herodes ter ordenado a matança de todas as crianças de Belém do sexo masculino de dois anos para baixo, pode significar que depois do nascimento de Jesus na manjedoura, José ainda teria permanecido por algum tempo nessa cidade esperando que o menino estivesse em condições para suportar uma viagem de volta à Galiléia.

Também foi através de uma experiência sobrenatural, através de dois sonhos, que José foi avisado sobre a morte de Herodes. Primeiro José retorna para Israel e depois, evitando ir para a Judéia, vai para a Galiléia e se estabelece em Nazaré.

Devido a lacuna deixada pelos Evangelhos Canônicos, o pouco que se sabe da infância de Jesus, provém de um relato sobre a vida de Jesus, dos cinco aos doze anos, feita por um Tomé, filósofo israelita do século I, conhecido como “A Infância do Senhor Jesus”, também denominado como o Evangelho do Pseudo-Tomé, um antigo manuscrito apócrifo Siríaco.

Segunda a referida narrativa, Jesus, durante a infância, já apresentava dons especiais, que o permitia realizar milagres. Criança de temperamento firme, tinha a indesejável, em alguns momentos, ou fabulosa, para outros, habilidade de tornar real, suas palavras, mesmo aquelas proferidas em momentos de exasperação.

Conforme nos conta este texto renegado pelo Cânon Ortodoxo, José, o carpinteiro, teria sido uma figura chave, ao influenciar e admoestar Jesus a ser mais compassivo com aquelas pessoas que não admitiam que uma criança poderia de alguma forma expressar conhecimentos e autoridade além do senso comum.

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